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19 de outubro de 2020 por Belplas Embalagens

Análise: O atual cenário do mercado de resinas

Análise: O atual cenário do mercado de resinas
19 de outubro de 2020 por Belplas Embalagens

Após meses de fortes quedas provocadas pela pandemia, as importações brasileiras de resinas termoplásticas sinalizam uma retomada. Embora ainda haja incertezas para os próximos meses e para o longo prazo, o cenário atual para o segundo semestre é de recuperação. No mês de agosto, o número de navios que chegaram à costa brasileira com contêineres voltou ao nível normal. A capacidade total dos navios que chegaram ao Brasil foi praticamente igual à observada no mesmo mesmo período de 2019.

Há uma forte e sólida demanda doméstica nos Estados Unidos e estamos enfrentando vários problemas com o funcionamento de plantas petroquímicas.

A maioria das petroquímicas americanas estão com suas plantas paradas por motivo de força maior, devido à falta de mão de obra por causa da Covid-19 e os impactos ocasionados pelo furacão Laura, que passou perto da cidade de Cameron, no estado da Louisiana, como uma tempestade categoria 4 na escala Saffir-Simpson, que vai até 5. Pouco antes de tocar a terra (landfall), o furação Laura estava com ventos com intensidade próxima da categoria 5, ou seja, o máximo da escala. O vento informado no momento em que o centro do furacão começou a ingressar o continente era próximo de 250 km/h.

A Louisiana e o sudeste do Texas, que foram as áreas mais atingidas, abrigam cerca de 80% da capacidade de produção de etileno dos EUA, juntamente com cerca de 60% da capacidade de polietileno (PE), de acordo com o ICIS, que também informou que do total da capacidade de eteno nos EUA, 16% foram desativados.

Quanto ao propeno, a área abriga 90% da capacidade dos Estados Unidos, e para polipropileno (PP), 65%. Do total da capacidade de propeno nos Estados Unidos, 11% foram fechados, causando grande restrição de fornecimento de PE e PP, o que está justificando e consolidando com força os seguidos aumentos de preços que estão sendo praticados.

Há muita incerteza sobre a retomada das plantas, mais há quem se arrisque a prever que o país volte à produção plena em novembro, com utilização da capacidade acima de 92%, quando então será necessário que os Estados Unidos retomem as suas exportações aos mercados da Ásia, Europa, Oriente Médio e África, para que seus patamares voltem ao normal. Esta demanda atualmente está sendo suprida por fornecedores asiáticos.

Embora grande parte do Texas e muitas fábricas felizmente tenham escapado do furacão, o número significativo de paralisações está ocasionando redução da disponibilidade de resinas nas próximas semanas, em grau que ainda não é conhecido, pois dependerá da velocidade de retorno às atividades normais.

As petroquímicas norte-americanas estarão restringindo a disponibilidade do PE e do PP produzido para exportação nos próximos 30 a 45 dias, e os impactos pós-furacão Laura começam a ficar mais claros.

O primeiro deles está relacionado a uma questão: se o aumento a partir de hoje ainda era algo duvidoso, há também dúvida quanto ao mercado absorver ou não mais um reajuste. Porém, a passagem do furacão fortificou e consolidou o aumento de U$ 110 MT anunciado no decorer do mês de agosto.

Ainda há vários locais que permanecem com cortes de energia elétrica, como resultado do furacão, o que está impedindo algumas empresas de reiniciar suas fábricas.

A Sasol informou que seu complexo em Lake Charles, Louisiana, permanece inativo, pois os corredores das linhas de transmissão de alta tensão que vão para a cidade sofreram muitos danos.

O início das atividades dependerá da disponibilidade de eletricidade, gases industriais, outras matérias-primas e do processo de restauração.

Os pequenos volumes reservados para a América Latina pelos exportadores para os próximos 45 dias, estão com preços e disponibilidade ainda muito incertos, o que deverá ficar mais claro no decorrer desta semana, mas é certo que os transformadores da América Latina serão forçados a pagar os mesmos preços do mercado doméstico dos EUA para obterem resina.

O fornecimento e a competitividade de preços da Ásia foram severamente impactados nesta semana, devido à alta nos preços de fretes naquela região, para embarques aos mercados estrangeiros.

As ferrovias e os processos logísticos também foram muito afetados. Essa realidade afetará as entregas da maioria dos pedidos por um período ainda desconhecido.

O atual momento de pandemia, em que o mundo enfrenta também várias crises econômicas, seguido pela passagem de um furação está ocasionando uma situação não planejada e sem precedentes para todo o mercado nacional e internacional de resinas.

A demanda na Europa também caiu sazonalmente devido às férias de verão e à Covid-19, o que explica a queda nos preços da União Europeia. 

Na América Latina, consequentemente, estamos sofrendo com vários aumentos seguidos e restrição da disponibilidade de resinas, pois a Braskem e a Dow Argentina não têm capacidade produtiva para atender toda a demanda deste mercado. Assim, avalio que teremos nos meses de setembro e outubro pouca disponibilidade de resinas, e que em novembro as capacidades produtivas retornarão a um nível próximo dos patamares normais.

Afirmar que eu estou certa em minhas análises ou que este cenário é o correto, seria o maior erro que eu poderia cometer em minha carreira profissional, pois em nosso mercado tudo muda a todo tempo. Estamos em uma montanha russa das mais radicais, porém, temos de observar diariamente e muito atentamente cada movimento do mercado para que possamos adotar as estratégias e tomar as decisões mais assertivas para cada negócio.

Fonte: https://www.arandanet.com.br/revista/pi/noticia/887-Analise.-O-atual-cenario-do-mercado-de-resinas.html

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